No Estádio do Bessa, o Boavista, que esteve a perder, após um golo de Davidson (11 minutos), operou a reviravolta e chegou ao 3-1, com tentos de Carraça (25 minutos) e Renato Santos (42 e 77), mas nos últimos minutos consentiu o empate ao Chaves, que marcou por intermédio de Stephen Eustáquio (80) e Platiny (89).
O resultado mantém Boavista e Desportivo de Chaves em sétimo e oitavo, respetivamente, ambos com 38 pontos.
O conjunto transmontano começou melhor, com um futebol desinibido e de pendor ofensivo, aproveitou bem a macieza do Boavista a meio-campo e adiantou-se no marcador. Davidson aproveitou a liberdade que lhe foi dada e bateu Vagner com um remate que valeu sobretudo pela colocação.
Sem o seu capitão e médio defensivo, Idris, ausente devido a castigo, o Boavista demonstrou na fase inicial claras falhas de marcação na faixa central e o Chaves tirou partido disso.
O Boavista ‘acordou’ apenas depois do golo sofrido, tomou conta do jogo, empatou com a colaboração de António Filipe e na sequência de um remate de Carraça. E, com autoridade, conseguiu mesmo a cambalhota no marcador já muito perto do intervalo.
Depois de uma ‘cavalgada’ impressionante aos 23 minutos, culminada com um remate ao poste, Rochinha furou outra vez a defesa adversária aos 42 minutos, cruzou e fez com que a bola chegasse a Renato Santos, para um golo fácil.
Depois de uma primeira parte intensa e viva, com as duas equipas de olhos postos nas balizas contrárias e a proporcionarem um bom espetáculo, a segunda metade começou melhor para o Boavista e Rochinha, em mais uma boa iniciativa, forçou António Filipe defender a bola novamente para o poste direito da sua baliza.
O Boavista parecia ter o encontro controlado, mas o Chaves nunca se rendeu e, aos 64 minutos, Davidson atirou contra Tiba, em plena área ‘axadrezada’, e a sua equipa perdeu aí uma clara ocasião de empatar.
Depois desse susto, o técnico boavisteiro substituiu Rochinha por Aymen Tahar e este, pouco depois, teve um lance de inspiração e assistiu Renato Santos para o 3-1, aos 77.
O resultado e a exibição segura do Boavista sugeriam que o jogo podia estar resolvido, mas Stephen mostrou que era pura ilusão reduzindo para a diferença mínima.
Moralizado com esse golo quando ainda faltavam mais de dez minutos para o final, o Chaves lançou-se ao ataque da baliza ‘axadrezada’ e o Boavista tremeu, perdendo a confiança e o controlo da situação.
O treinador Luís Castro, entretanto, apostou tudo na busca do empate, tirou o defesa esquerdo Djavan, pôs no seu lugar mais um atacante, Platiny, e foi bem-sucedido.
A um minuto fim do tempo regulamentar, o avançado aproveitou uma defesa incompleta de Vagner e, oportuno, fez o 3-3 final.
—————————————————————————————————————————————–
Estádio do Bessa, 4615 espetadores.
0-1, Davidson, 11 minutos
1-1, Carraça, 25
2-1, Renato Santos, 42
3-1, Renato Santos, 77
3-2, Stephen, 81
3-3, Platiny, 89
Boavista: Vagner, Carraça, Sparagna, Robson, Talocha, Renato Santos, Fábio Espinho, David Simão, Mateus, Rochinha (Aymen Tahar, 73) e Yusupha (Rui Pedro, 66).
(Suplentes: Assis Giovanaz, Kuca, Aymen Tahar, Rui Pedro, Tiago Mesquita Leonardo Ruiz e Vitor Bruno).
Treinador: Jorge Simão.
Desportivo de Chaves: António Filipe, Paulinho, Domingos Duarte, Maras, Djavan (Perdigão, 73), Jefferson (Stephen, 55), Matheus Pereira, Pedro Tiba (Platiny, 80), Bressan, Davidson e William.
(Suplentes: Ricardo, Filipe Melo, Perdigão, Nuno André Coelho, Pedro Queirós, Stephen Eustáquio e Platiny).
Treinador: Luís Castro.
Árbitro: Manuel Mota (Braga).
Cartões amarelos para Paulinho (15), Domingos Duarte (28), Carraça (54), Sparagna (65), Renato Santos (68) e David Simão (78).