“Não se trata aqui de uniformizar, os vinhos são diversos e complementares e o que está aqui em causa é aferir critérios e aprender uns com os outros numa perspetiva de trabalho em rede. Este é o grande objetivo”, afirmou à agência Lusa o presidente do IVDP que esta terça-feira promoveu o primeiro encontro de câmaras de provadores nacionais.
Manuel Cabral explica que “há um conjunto de matérias” e experiências que os provadores das 14 câmaras a nível nacional podem e devem partilhar até porque “apesar da sua diversidade, há perspetivas comuns”, nomeadamente características dos próprios provadores ou relacionamento com entidades certificadoras.
“Trabalhar sobre o que é que cada um está a fazer, não é trabalhar igual, não é esse o objetivo, os vinhos são diferentes e é bom que se mantenham diferentes. Uma das boas caraterísticas dos vinhos em Portugal é a sua diversidade, é o facto de serem vinhos feitos com várias castas”, destaca o responsável.
E se este foi o primeiro encontro entre provadores, institutos e comissões vitivinícolas regionais, Manuel Cabral adianta que outros se seguirão uma vez que “há um conjunto de temas que é importante manter em cima da mesa e continuar a trabalhar conjuntamente”.
“Há um grande consenso no sentido da importância deste debate, na importância de haver uma discussão conjunta entre os diferentes responsáveis das câmaras de provadores e de aferir critérios entre as diferentes câmaras”, sustenta.
Manuel Cabral faz questão de lembrar que a câmara de provadores do IVDP foi a primeira a ser acreditada a nível mundial em 1999 e que desde então se percorreu “um caminho muito grande nas diferentes câmaras de provadores em termos de afirmação dos vinhos portugueses”.
É na câmara de provadores que é realizada a análise sensorial dos vinhos para efeitos de certificação das denominações de origem ou fiscalização.
No IVDP são provados uma média de 7.000 vinhos por ano, por um conjunto de 14 provadores.